sábado, 31 de julho de 2010

Tecnologia...

Parece andar toda a gente convencida de que o progresso tecnológico é muito bom para a Humanidade em geral porque nos permite viver melhor, mais confortavelmente, e por aí fora. Viver melhor? Mais confortavelmente? Permite mas é o caralho. Permite se um gajo for rico. Os pobres bem se fodem. Foi assim a puta da minha vida toda, sempre a puta da mesma merda. Quando apareceram os primeiros computadores portáteis tinha eu acabado de comprar um computador que pouco mais fazia do que somar e mesmo assim tive que passar a dormir num beliche na sala com o meu irmão porque só a caixa do processador ocupava uma assoalhada. Antes disso, na altura em que a classe alta toda já andava a curtir os gráficos dos PC’s, ainda andava eu com a merda do Spectrum e os seus pixeis do tamanho de azulejos, que do momento em que começava a carregar um jogo até dar para jogar dava tempo de fazer a quarta classe. No dia em que cheguei à escola todo contente com o meu novo ábaco já andavam os betinhos todos a apalpar as cobiçadas mamocas em desenvolvimento das pitas a troco de lhes deixarem carregar no botão do tamagotchi que fazia limpar a caquinha. Aliás, quanto e quanto tempo depois da grande explosão das tecnologias de informação, em que produtos electrónicos novos e cada vez mais sofisticados começaram a inundar o mercado, a única coisa digital a que eu tinha acesso continuou a ser a punheta?

Foi sempre a puta da mesma coisa a vida toda, foda-se, sempre dois anos atrás das últimas novidades. E ainda têm a lata de andar a dizer que vivemos todos numa época de grande conforto em comparação com tempos mais remotos. É tudo tanga, não mudou nada. No momento em que o pobre finalmente consegue amealhar dinheiro suficiente para comprar a engenhoca que andou a galar na montra desde que saiu para as lojas a um preço que nem levando no cu de sol a sol durante um ano dava para pagar, já o paneleirão com guita que andou a invejar por tê-la comprado logo que saiu tem uma merda qualquer de fazer pipocas a laser ou o caralho que o foda e volta tudo ao mesmo. Que conforto pode o pobre ter sabendo que tem mais não sei quanto tempo de espera pela frente até poder comprar aquilo também e assim ser feliz? Ainda mais sabendo que nessa altura já será tarde demais porque vai continuar a estar desactualizado, sempre a andar a reboque dos outros, sempre a comer os restos que a malta do papel deita fora. É uma injustiça, caralho, e quem disser o contrário é um filho de quarenta putas.

Menciono isto agora porque ouvi dizer que vão mesmo pôr gajas mecânicas à venda. Vai ser uma revolução na indústria do entretenimento sexual, vai ser uma maravilha, vai haver boazonas para toda a gente, etc., etc. Tudo bem, é verdade. Para quem pode. E o Zé Manel que tem que chegar a casa e foder a mesmo velha bexigosa que anda a comer desde a Guerra Fria, já em nova um estafermo que Deus me livre, porque não tem duzentos mil euros para ir ao IKEA comprar uma puta sueca às peças e esfodaçá-la até lhe rebentarem as soldas? Ah, pois, o Zé Manel que se foda né? Pó caralho, ó brochista de um filha da puta.

Está na altura de se democratizar o acesso às benesses tecnológicas. É para todos ao mesmo tempo ou não é para ninguém, acabou a conversa. Okay, sejamos realistas, admito que os materiais são capazes de ser caros e por isso talvez não seja fácil baixarem o preço das gajas biónicas ao ponto de um trolha poder simplesmente entrar no stand e levar para casa uma loira mamalhuda ciborgue programada para tudo menos dizer ‘não’. Mas epá… já que a tecnologia para isso está disponível, ao menos que deixem um gajo levar a Maria à garagem para recauchutar a pachacha.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

O Surrealismo da Insónia

Acordei em sobressalto. Gotas de suor circundavam o rolo de papel higiénico que repousava no meu peito nu. Nem dei por adormecer. O filme já tinha acabado, não havia imagem na televisão. Não vi o final. Só percebi que era a história de um humilde pescador português do século XVI que se apaixonava por uma escrava negra. “Um dos mais pungentes contos de amor proibido alguma vez exibidos no pequeno ecrã”, lia-se na parte da frente da capa do DVD, logo abaixo do enorme título enganadoramente promissor, Petinga na Catinga. Nunca me tinha acontecido adormecer a meio de uma punheta. Foda-se, que o filme era mesmo mau… Amanhã vou lá reclamar, já é a segunda vez que os filhos da puta do videoclube me recomendam merda. Primeiro convencem-me a alugar a puta da trilogia toda da Irmandade do Anal e afinal era só não sei quantas horas de anões paneleiros a enrabarem-se uns aos outros no Monsanto. Agora isto. Mais valia ter ido ao álbum das férias de família no Algarve em 92 e bater a sarapitola à pala da minha tia quando era nova. Só evitei recorrer a esse subterfúgio porque me deprime encarar de frente o facto de que muito dificilmente algum dia me será dada a conhecer a sensação de me esporrar à barbaro num cabelo com permanente. Aquilo é que devia ser… Com a meita em cima devia parecer uma nuvem. Mas dizia eu, acordei em sobressalto.

O meu espanto levedou ao aperceber-me de que diante de mim esvoaçava uma gaja alada ligeiramente maior do que a Sininho e um pouco menor do que o Simba. ‘Fada Madrinha, és tu?’, indaguei, esfregando os olhos com os dedos ainda a cheirar a picha. A curiosa criatura deu três piruetas no ar, cagou-me o tapete todo de pó de pirlimpimpim e corrigiu-me: ‘Não, Príapo. Eu sou a tua Madre Fodinha’. A partir daquele momento nunca mais tirei conclusões precipitadas daquela forma, e quedei-me em silêncio para ver o que dizia a invulgar aparição.

‘Corres um grande perigo, Príapo’, sibilou ela, em tom lúgubre. ‘Ignoras que a cona pode ter caspa’. ‘A cona pode ter caspa?’ redargui eu, feito urso. ‘Vês?’ limitou-se a Madre Fodinha a dizer, com um peculiar sorriso gozão no rosto que depressa deu lugar à anterior expressão de ominosa seriedade. ‘Muitos homens pensam que não mas é verdade. É um facto que por vezes a mulher descura a sua higiene íntima, não tomando o obrigatório banho checo no bidé depois da foda, sim, e nesses casos a meita coagulada presa aos cabelos da rata pode adquirir um aspecto semelhante ao da caspa. Porém, quando tal acontece algumas pancadinhas ao de leve são suficientes para que caia tudo. Há é que limpar rapidamente o chão com um pano seco e nunca com uma esfregona, pois em contacto com a água a esporra em pó volta a ser esporra e depois corre-se o risco de no final de uma tarde inteira a limpar a casa olhar-se para trás e ver-se o chão com aspecto de ter acabado de ser palco de uma orgia brasileira. Não, Príapo, falo de genuína seborreia. Muitas vezes, o couro pintelhudo desidratado pode escamar e produzir inestéticos floquinhos de pele de cona que podem causar algum embaraço em situações sociais. Já para não dizer que se torna desconfortável para o cavalheiro voluntarioso durante o minete, não só porque arranha um pouco a língua mas também porque depois dá uma sede do caralho’.

‘Por Júpiter, não fazia ideia’, admiti, tomado de pânico. ‘É horrível, horrível, asseguro-te! Oh, por favor, Madre Fodinha, diz-me tudo o que posso fazer para evitar essa situação’.

‘Não te censuro o desejo de saber, Príapo. Felizmente, tenho exactamente aquilo de que necessitas. Pantene Pro-V para a cona. O complexo multivitaminado clinicamente testado nutre a pele das bordas não apenas à superfície como outros produtos no mercado, mas revitalizando o pintelho dos ovários até às pontas, sempre conservando o seu brilho e volume naturais. Com Pantene Pro-V para a cona, a mulher não terá já que temer deixar o caralho do seu parceiro a parecer uma fartura açucarada depois da foda. E animem-se as senhoras mais sensíveis – a nova forma fórmula hidratante sem álcool não causa lágrimas mesmo que escorra para o cu durante o duche. Mas há mais. Como prémio acrescido para os cavalheiros com propensões mineteiras, Pantene Pro-V oferece uma agradável surpresa ao palato, estando disponível em três sabores – natas, coentro e alho frito em azeite – para que agora antes da trombada possam tornar pelo menos suportável aquele clássico cheiro a bacalhau, temperando-o.

‘Que maravilha, Foda Madrinha!’

‘Deveras, Príapo. E é Madre Fodinha. Mas cuidado, ainda nem todas as senhoras estão sensibilizadas para as maravilhas hidratantes do complexo Pro-V. E por vezes, situações como esta ainda se verificam…’

Nesse preciso momento, a Madre Fodinha desapareceu em mil fagulhas, mais coisa menos coisa, e alguém tocou à campainha. Esfreguei os olhos. ‘Devo estar a ficar mas é maluco com tanta punheta’, pensei. Decidi-me a não pensar mais no assunto, embora algo em mim tenha ficado reticente quanto à existência de um significado profundo subjacente ao sucedido. Ao abrir a porta, vi que era a gaja com quem tinha combinado passar a tarde a foder. Tinha-me esquecido completamente. Para não lhe dar a entender que estava algo atarantado, convidei-a educadamente a entrar, dei-lhe dois beijinhos, atirei-a para o tapete à bruta e saltei-lhe em cima. ‘Que é isto?’, perguntou ela passados momentos, tirando a língua dos meus adenóides e olhando para a mão. Era pó de pirlimpimpim. O tapete estava coberto dele. Um terrível pavor começou a crescer-me no peito ao ponto de rivalizar com a tesão que brotava hostil do meu entrepernas. Não podia esperar mais, tinha de confirmar. Rasguei as cuecas à gaja… e vejo. Tratava-se de uma pintelheira enorme do tamanho de uma salada de bróculos… toda ela repleta de um horror de caspa. O sonho fora real. O grito de terror que se seguiu saiu-me da própria alma em si: ‘Nãããããã…..

….ããããão!’

Acordei em sobressalto outra vez. Gotas de suor circundavam o rolo de papel higiénico que repousava no meu peito nu. Nem dei por adormecer. O filme já tinha acabado, não havia imagem na televisão…

Interrompi o pensamento. Olhei em meu redor. Não, nada de Madre Fodinha. Deixei-me cair para trás no sofá com um longo suspiro. Agora sim, estava acordado. ‘Mas que merda de pesadelo’, pensei, esfregando os olhos. E comecei a rir-me, primeiro nervosamente, depois mais descontraído. ‘Caspa na cona…foda-se’, disse para comigo, quase envergonhado, ainda sem perceber bem de onde teria vindo um estúpido sonho daqueles. ‘Devo mesmo estar a ficar mas é maluco com tanta punheta’. E só para confirmar o regresso à vigília, dei um dos meus magníficos peidos. Inalei profundamente e deixei-me estar ali de olhos fechados a saborear a doce aroma a realidade. ‘Bom, já chega’, disse, momentos depois, ‘…ora vamos lá bater à punheta’.

Nisto, alguém toca à campainha. Levanto-me e vou abrir, sem pensar em mais nada senão em quem seria. Quando abri a porta quase me caíram os colhões ao chão. Era a gaja do sonho com caspa na cona. Tinha mesmo combinado foder com ela hoje. ‘Que tens?’, perguntou ela, sem dúvida estranhando o meu rosto lívido. Mas perguntou só por perguntar, como costumam fazer as gajas, que sabem que quem tem de perguntar coisas dessas somos nós. Fechou a porta atrás do cu balofo e entrou na sala.

Começámos aos meles no sofá mas nem os apertões nas globulosas tetas me desviavam o pensamento do sonho. Pela primeira vez na minha vida, temi descortinar a pachacha. ‘Não, não pode ser!’, disse de mim para mim, quando me acometeu a realidade da situação. O medo da pachacha é indício de paneleirice, e esse era espectro que não poderia admitir no meu lar. Do ‘Ai que medo da pachacha’ ao ‘Ai picha tão bom’ não vai mais do que um saltinho amaricado e riscos desses que os corra quem tem cu outro que não o meu. Enchendo-me de coragem e largando os mamilos da gaja com que procrastinava, rasguei-lhe a cueca sem dó nem piedade e olhei-lhe de frente para a rata que, como Nietzsche havia previsto, me devolveu o olhar. A farta guedelha que ostentava dava-lhe mais aspecto de ratazana do que de rata, por acaso, mas o que interessava é que o meu temor afinal era infundado. O couro pintelhudo apresentava-se lustroso e livre de caspa. Via-se que ela passava loção.

Ri-me de alívio e comecei a foder, conjunção que a gaja achou estranha, até se vir. Foi estupidez ter sequer sentido receio, sim, mas quem no meu lugar não se teria assustado também? Já todos ouvimos falar de sonhos que prenunciam o futuro. Felizmente este não tinha sido prenúncio de nada, tinha sido só anúncio. Mas na altura não tinha como distinguir entre os dois, foda-se.

Seja como for, meus caros, foi a última vez que esgalhei o nabo a ver pornografia em DVD. A partir daí, só computador. Bom, álbum com as fotos da tia também, que verdade seja dita, nunca teve caspa na permanente. E olhem, o que é certo é que nunca mais tive um sonho daqueles. Mas mesmo assim, até ao último dos meus dias neste mundo, sempre que tirar a cueca a alguém, sei que parte de mim… parte de mim há-de temer.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ai o meu Selo


Ora viva, cambada.

Estou aqui neste momento exclusivamente para comunicar os meus agradecimentos à loiríssima directora do blog Também quero um blog pela honra com que me cobriu ao atribuir a este humilde blog o seu primeiro selo. É distinção com que nunca ousei sequer sonhar, mesmo porque quando sonho com a Loira a cobrir-me geralmente não é de honra.

Bom, mas deixando-me de tais prazenteiros devaneios oníricos, Loira… obrigado por teres elevado o nível deste espaço a um patamar do caralho. E como não quero deixar de observar os requisitos que me são exigidos, eis as respostas que dou às questões que colocaste aos premiados:

Se pudessem escolher UM super poder, qual escolhiam?

Sem pensar duas vezes, o poder de disparar desodorizante dos olhos e a posse de uma pistola de raios blazer. Como esta última é um objecto e não stricto sensu um super poder, não é batota.

Usavam-no para quê?

Pergunta antes contra quem. Obviamente, usaria os meus poderes contra toda a abjecta xungaria deste mundo. Perfumando essa malta nojenta com o meu desodorizante ocular e vestindo-os com finíssimos blazers graças aos terríveis raios da minha arma, obrigá-los-ia a andar na rua um pouco mais parecidos com gente ao mesmo tempo que eliminaria aquele tão característico cheiro a estrebaria que emanam do sovaco. Faria isto em luta pelo ideal de todo o homem de bem, que é o de que os nossos filhos possam um dia viver num mundo sem hip-hop, rap, reggae e kizomba.

Acham que davam um melhor super herói ou super vilão?

Ambos. Um herói para aqueles de nós que tomam banho e que não montaram uma discoteca no carro, um vilão para todos os outros.

Dito isto, e para que não digas que sou um ingrato, deixo-te aqui um selo da minha autoria para juntares à tua colecção. Mereceste-o.




E como pelos vistos é tradição nestas coisas fazer-se uma pergunta, faço-te uma que me anda a moer o juízo há já algum tempo:

Se fosses umas cuecas, quem gostarias que te usasse?

Dá que pensar, an?...

O Príapo Aconselha...

Amigos,

Nos tempos de crise em que vivemos é da maior importância que saibamos como e onde cortar na despesa mensal de modo a conservarmos uma certa saúde financeira enquanto o próximo ordenado não cai na conta. Bem ciente das dificuldades que se vivem nestes dias de provação e de privação, estou aqui hoje para vos dar alguns conselhos simples que se aplicados com diligência assegurarão garantidamente a poupança de alguns trocos que parecendo que não podem fazer uma grande diferença naqueles momentos em que o fim do mês tremeluz indistintamente no horizonte como uma miragem no deserto.

Felizmente, a minha tarefa encontra-se facilitada pelo facto da totalidade das preocupações financeiras do homem moderno de classe média poder ser resumida numa única questão: “como poderei garantir foda frequente ao longo do mês sem ir à falência antes do dia quinze?” Este é um dilema tão complexo quanto antigo. Todos sabemos bem demais que gaja nenhuma diz que não a um jantar à borla. Isto torna-se um problema porque todas elas sabem que homem nenhum digno desse nome diz que não a cona aberta e, logo, não têm pudor algum em abaná-la como um isco no anzol, de tal modo que o homem, seguindo cegamente o doce aroma do apetitoso engodo, quase flutuando atrás dele como nos desenhos animados, quando acorda dá por si já sentado à mesa num restaurante de nome impronunciável cujo único prato abaixo dos vinte euros é o da gorjeta. Não importa que nem se lembre de como lá foi parar, a partir deste momento já nada há a fazer.

Ao homem que se vê preso nesta situação, os únicos consolos que restam são o cartão Visa e o deprimente átomo de esperança de que no final da noite a gaja se deixe de jogos psicológicos e cumpra o que andou a prometer desde as entradas que enfardou sem vergonha até à sobremesa que não se percebia bem o que era mas que a julgar pelo preço devia ser mousse de dinheiro. Agarrado a esta ténue luz ao fundo da cona, que atitude pode ter o homem no final do jantar? Olhar para a conta, pousar o papelinho sem interromper a conversa, de semblante sempre jovial e bem-disposto, como se nada fosse, e tirar a carteira do bolso do casaco para pagar. Tudo isto enquanto se prepara psicologicamente para passar o mês seguinte sem luz e sem gás. Na tentativa de não denunciar o absoluto terror financeiro que lhe vai na alma, conta uma piada seca. A puta à sua frente, bêbeda que nem um cacho das garrafas de vinho de reserva que mamou, parte-se a rir. ‘És impagável’, diz ela, fungando. Mas ele já não a ouve... Está absorto a pensar exactamente o mesmo a respeito da conta.

E apesar deste autêntico martírio, quantas e quantas vezes depois do rombo na conta bancária a noite não acaba com a puta de bandulho cheio a arrotar de satisfação sozinha no conforto da sua cama porque só depois de estar já à porta de casa é que se lembrou de dizer que afinal não podia foder porque estava com o Chico, enquanto nós, numa outra cama bem distante, tristes e falidos, nos vingamos na punheta? Pois bem, meus caros, limpem essas lágrimas doridas pois estou aqui com a solução para o problema. Trata-se de nada menos do que um método infalível e económico para descobrir se a gaja está ou não com o período antes de lhe dar sequer oportunidade de começar a girar o dedinho indeciso diante do menu. Eis o que fazer.

Imaginemos que o leitor tem um encontro marcado com uma daquelas gajas que estão sempre a dar a entender que querem ser comidas mas que só revelam se estão a brincar ou não se primeiro lhes derem comida. O encontro está marcado para um restaurante a que ela sempre quis ir porque ouviu dizer que servem um fondue de carne divinal, aproximadamente pelo preço de um submarino nuclear. Nestes casos, exige-se alguma preparação prévia.

Primeiro, é necessário comprar um ovo Kinder. Coma o chocolate. No final, abra o ovinho interior de plástico, retire o boneco e, se for dos de montar, monte. Depois, bata uma boa punheta e venha-se para dentro do ovinho de plástico. Logo aqui já está a poupar em guardanapos. Feche o ovinho e reserve. Após ter acabado de pentear o cabelinho à paneleiro e posto o cheirinho a puta no sovaco, guarde o invólucro com a esporra no bolso e saia para a rua de queixo erguido e passo confiante. Ao encontrar-se com a gaja no restaurante, finja-se interessado no tecido que lhe cobre o corpo, aproveitando para lhe galar o tetalhal. E agora, atenção, eis o truque: quando se sentarem à mesa, mostre-se esbanjador e ofereça-se para pagar umas bebidas iniciais. Naturalmente, isto causará muito boa impressão. Então, quando as bebidas chegarem, aproveite para lhe elogiar os sapatos. Assim que ela começar a enrolar o cabelo com os dedos toda contente por alguém ter notado os lindos brilhantinhos nos seus sapatinhos, pergunte-lhe se a unha retorcida aparentemente encravada no seu dedo grande do pé tem cura. No momento em que ela olhar para baixo horrorizada, retire o ovinho de plástico do bolso e deite a esporra toda na bebida dela, usando a colher de sobremesa (dela, foda-se) para ajudar a raspar o fundo se necessário. A partir daí é simples. Sendo bem sabido que o leite ao pé das gajas menstruadas azeda, é só ficar atento a ver se ela faz caretas a beber aquilo. Se não fizer, o caminho está livre, não há risco da senaita vir a revelar-se tamponada. Agora se fizer, já se sabe que não vale a pena gastar dinheiro nem paciência a ouvir a conversa de merda dela porque é garantido que não vai haver foda para ninguém. Neste caso, o plano de acção é simples: levante-se, retire do bolso o boneco que lhe saiu no ovinho Kinder, pouse-o na mesa, vá-se embora e deixe a gaja a falar para ele.

Claro que há sempre a hipótese de se obter a confirmação de que o pito não está em sangue e pagar-se ali do belo pelo jantar apenas para que no fim da noite ela se arme em esquisita e nos deixe o caralho à míngua sem justa causa. É sempre fodido quando acontece, é verdade, mas calma que mesmo assim nem tudo fica perdido. Se acontecer, graças ao método que aqui propus poderão usufruir de um prémio de consolação tão bom que quase compensa o carcanhol gasto e a ausência de foda. Refiro-me, naturalmente, ao gozo de se poder dizer à puta que o Baileys que ela bebeu no início da noite era gin tónico quando chegou à mesa. Ah, os pequenos prazeres…

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Mau Gosto Como Nunca se Viu

Como qualquer filósofo, não posso evitar que de quando em vez o espírito me seja invadido por inquietações de natureza teológica. Normalmente são bastante genéricas, manifestando-se na forma de questões como: “terá Deus um caralho tão grande que nem Ele próprio consegue levantá-lo?”; ou “se, como afirmava Leibniz, a essência divina se compõe de todas as perfeições, isto é, de todos os atributos que admitem um grau máximo, o que dizer a respeito das tetas, uma vez que quem as possui é claramente mais perfeito do que quem as não possui embora, por outro lado, não admitam um grau máximo, podendo (e devendo) sempre ser maiores?”. Porém, tudo isto que anda agora a passar-se com os padres pedófilos pôs-me a pensar noutro tipo de questões, especificamente na doutrina cristã da salvação da alma. E cheguei a uma conclusão bastante interessante, que gostaria de expor aqui. Descobri que se nos ativermos aos preceitos da Bíblia, a padralhada que andou a comer arroz de miúdos sem arroz só tem que fazer uma coisa para garantir um lugar no Paraíso e desfrutar da beatitude eterna: não se arrepender. Ora sigam o raciocínio e vejam lá se não tenho razão.

Começo por referir uma passagem bastante conhecida do Novo Testamento (Mateus 25:34-45) na qual - parafraseando o evangelista - Jesus ensina que tudo aquilo que fizermos aos mais pequeninos entre nós, fazemos a Ele. Provavelmente só com isto já começam a ver para onde me encaminho. De acordo com essas palavras proferidas pelo próprio Jesus, sempre que um padre entesoado enrabou uma criancinha fez também o favor de enrabar o Filho do Homem em pessoa. Pedindo ao leitor para manter isto em mente, relembro agora as sábias palavras de S. Príapo na Sua Epístola aos Paneleiros publicada a 22 de Julho, intitulada “A Homossexualidade como Viagem no Tempo”: ‘A verdade é que quando um gajo comete um acto homossexual, seja ele qual for, torna-se homossexual desde sempre’.

Pois bem, dado que levar no cu é o acto homossexual por excelência, confirma-se mesmo a falsidade da teoria do Dan Brown. Jesus não era casado com Maria Madalena coisa nenhuma. É óbvio que não podia ser porque de facto foi paneleiro a vida toda. E mesmo a Paixão de Cristo do Mel Gibson está errada no modo como retrata o sofrimento de Jesus. A verdadeira paixão de Cristo afinal era piça, e o sofrimento que esta Lhe causava era muito relativo.

A posição bíblica a respeito de mariquices é já sobejamente conhecida mas não me importo de reiterar: ‘Se um homem dormir com outro homem como se fosse uma mulher ambos cometerão uma abominação’ (Levítico 20:13), ‘Com o homem não te deitarás como se fosse mulher; abominação é’ (Levítico 18:22); ‘Eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o Senhor’ (Génesis 13:13). Ora, visto que não há uma única passagem no Novo Testamento em que Jesus dê mostras de arrependimento por ter sido panilas toda a vida, e como sem arrependimento do pecado não há salvação, o que julgam que aconteceu quando ascendeu ao Céu e encontrou Deus? ‘Pai, finalmente cheguei!’, terá Ele dito. Contrariamente ao que até aqui se tem pensado, acredito que a resposta de Deus-Pai terá sido algo como 'Xô daqui ó Paneleiro!’, e, seguindo à risca os cânones da Lei sagrada, terá precipitado o seu Filho unigénito recém-deserdado para as profundezas do Inferno, onde se terá juntado aos outros grandes mariconços da História, bem como aos gays, que segundo consta é o nome que se dá aos paneleiros ricos e que lá estarão todos também. Como é sabido, Jesus disse que 'é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um homem rico entrar no Reino dos Céus' (Mateus 19:24). O que Ele desconhecia quando o disse é que teria ampla oportunidade de testar a veracidade dessa afirmação, brincando para sempre aos camelos e às agulhas com os ricos.

Até aqui tudo bem. Prossigamos. Lembro agora o episódio bíblico no qual Jesus perdoa o ladrão arrependido que fora crucificado a seu lado, dizendo-lhe: ‘Em verdade te digo, ainda hoje estarás ao meu lado no Paraíso’ (Lucas 23:43). Este é mais um exemplo de que em vida Jesus esteve permanentemente sob a ilusão de que após deixar a existência terrena iria ser muito feliz ao pé dos anjinhos. Mal sabia Ele que Deus, cuja visão sinóptica abarca a totalidade do espaço e do tempo, teria já contemplado a Sua triste figura a ser enrabado no futuro por um bando de padres demasiado impacientes para esperar que os Suissinhos fizessem efeito nos meninos. Não será demais repetir que quem leva no cu seja quando for é paneleiro desde sempre, o que implica que Jesus foi maricão logo desde o seu primeiro Natal e, sem que o soubesse, toda a Sua vida não passou de um fútil adiamento da inevitabilidade de Satanás Lhe deitar a unha aos ombros e Lhe fazer desejar ainda estar na Terra onde ao menos tinha a segurança de uma tábua a proteger-Lhe o fundo das costas.

E agora chegamos ao ponto fulcral desta nossa peregrinação teológica. Com as palavras que proferiu ao ladrão arrependido, Jesus prometeu a todos os pecadores arrependidos em geral um lugar ao Seu lado na vida eterna. Porém, como o próprio Jesus não se arrependeu das coisas indizíveis que andou a fazer no confessionário depois da escola, só se pode concluir que foi parar ao Inferno porque todos sabemos a opinião de Deus acerca dos sodomitas. Então, a única forma de evitar incorrer em contradição e preservar a crença na infalibilidade bíblica é afirmar que todos os que se arrependerem dos seus pecados durante a vida irão direitinhos fazer companhia a Jesus depois da morte, tal como prometido nas Escrituras, exceptuando no facto de que não será já a passear nos relvados da Terra da Glória e sim a tostar no inextinguível braseiro da Terra Maldita, onde é sempre o outro quem tem Terra no Cu. Conversamente, como a Bíblia deixa bastante claro que os pecadores não poderão partilhar a vida eterna com o Senhor, tudo o que era criminoso no Inferno teve necessariamente que ser despejado e realojado no Paraíso depois do primeiro padre ter levado Jesus ao castigo, pois era o único lugar vago com espaço para caber toda a gente.

Portanto agora a padralhada pecaminosa pode ficar mais descansada, que é o próprio Jesus quem lhes garante a imortalidade à temperatura ambiente. E o mesmo se aplica aos pecadores como aqueles em que se tornaram todos os de espírito suficientemente torpe para terem ficado aqui a ler isto até agora. Não cuidem que urdo promessas vãs, amigos. Se não estivesse convicto daquilo que vos digo não teria corrido o risco de escrever esta merda armado em esperto só para depois em morto me foder. Por isso rejubilem, ó mortais de vil espécie, pois todas as putas que já viveram esperam por vós para que passem a imortalidade a fazer-lhes à cona algo próximo do que os romanos fizeram às mãos e pés do Senhor na cruz. E tudo isto à borla, sem perigo de apanharem doença que vos corroa a essência espiritual do nabo. É ou não é bom?

Agora, é preciso é nunca ficar a foder por cima porque as criancinhas mortas estarão todas no Inferno (visto que não terão conhecido pecado em vida) e um padre entesoado, deambulando solitário no Reino dos Céus sem menino em quem finque o dente para toda a eternidade, pode desenvolver sentimentos profundos pelo leitor e, assim sendo, provavelmente não se fará rogado se um dia o encontrar muito mal escondido numa nuvem distante a encavar uma puta russa cristã ortodoxa, de cu ao léu a dar a dar. É que podem ser criminosos mas não são estúpidos, e também não é preciso ser-se meteorologista para saber que as nuvens não têm cu. Portanto vejam lá, cuidadinho com isso que depois se forem enrabados no Paraíso estão bem fodidos, porque ou se arrependem e vão fazer companhia a Jesus no Inferno, ou não se arrependem e terão que passar a eternidade inteira com fama de paneleiros.

Amén.

sábado, 24 de julho de 2010

Toda a Verdade Sobre o Orgasmo Feminino

Ontem, não me perguntem porquê, acordei eivado de um espírito de antropólogo. Ao longo de todo o dia a minha perspectiva foi a de um homem fascinado por tudo ao que à Humanidade concerne. Na rua, quando passava por mim uma gaja dotada de tetas que tinham mais de estante do que de prateleira, a minha reacção não era já a de galá-la impudentemente, como teria feito em qualquer outra manhã, vozeando um ou outro elogio ao Arquitecto Supremo que construiu tal beleza, obviamente na linguagem mais adequada a exprimir esse sentimento que é a da construção civil. Pelo contrário, observava-lhe os hábitos, as suas interacções sociais, seguia-lhe todos os passos ainda que fugisse ou se escondesse na casa-de-banho dos homens a chorar, feita estúpida, como se eu não estivesse a micá-la ao longe há que tempos, abandonando a análise deste espécime apenas por necessidade de escapar aos rituais sacrificiais dessa magnificamente organizada mas em muitos aspectos ainda algo primitiva e mesmo filha da puta estrutura social que é a PSP.

Ao chegar a casa, também não me fiquei por escrutinar a pornografia online do dia para satisfazer a compulsão patológica dos meus cronicamente bulímicos tomates, que se enchem de esporra o dia todo e depois com a mania de que estão gordos só ficam descansados se forem ao grego. Não, eu estudei pornografia, observei com olho clínico cada uma daquelas putas das Caralhíbas a levar com ele do capitão Jack Esporrow em busca de padrões culturais e comportamentais, ao mesmo tempo que investigava o modo como os nossos antepassados hominídeos fizeram a descoberta da tecnologia do fogo, esfregando o meu madeiro. Gostaria então hoje de vos falar das conclusões a que cheguei relativamente ao orgasmo feminino, e do terrível perigo que representa para todos nós que temos piço. Ignorem-me por vossa conta e risco.

Julgo que todos podemos concordar que de todas as formas de orgasmo existentes na natureza, o feminino é o mais escusado. Em grande medida, só serve para chatear. Considere-se em primeiro lugar a estupidez da metamorfose por que passa a mulher enquanto se vem. Qualquer gaja do planeta, por muito fleumática que seja no seu viandar quotidiano e independentemente da sua ocupação profissional, dá em repórter de guerra quando se está a vir. É um fenómeno idiota mas que a ciência explica sem dificuldade. Ao contrário do homem, que tem o cérebro vinte e quatro horas por dia ligado ao barrote, a mulher só tem o dela ligado à pachacha quando o cérebro não tem grande escolha, ou seja, quando se vem. Nesses escassos segundos, a cona, farta que está de ter de passar o dia em silêncio a babar-se como uma atrasada mental, torna-se dona e senhora de todo o corpo e até consegue falar. Porém, nesse tão ansiado momento em que finalmente ganha o pio e o dom da locomoção, não pode aproveitar para encetar actividades tão agradáveis como procurar companhia inteligente com quem trocar ideias sobre a crise económica, ou mesmo passar um pouco de batom nas beiças e sair à noite com as amigas. Logo por azar, assim que adquire liberdade de movimento e o poder do discurso, dá por si em plena zona de guerra e o caralho está a ganhar.

Só assim se explica porque é que a mulher se torna tão estranhamente informativa durante o orgasmo e o porquê daquele berreiro todo. Durante a foda, a cona está como que no palco de uma guerra civil, debaixo de um bombardeamento de piça com colhões e pintelhos a voar por todo o lado, mas sempre aguentando-se ali com estóica firmeza, sem fraquejar na sua missão de comunicar a toda a gente o horror que se vive naquela parte do mundo. Ainda há dias testemunhei isto ao vivo. Eu já me tinha vindo há que tempos mas armado em bom samaritano lá continuei a foder ao ralenti com os colhões na reserva para dar boleia à gaja até ao orgasmo mais próximo. Felizmente, o meu cérebro, quiçá comovido com o meu altruísmo fodangal, resolveu dar-me uma abébia e adiantou-me o relógio do caralho, que ficou a pensar que eram oito da manhã e ficou ali teso que nem um carapau sem nenhuma razão aparente. Volvidos alguns minutos de enfadonho encavanço, lá começou a merda do costume. ‘Ai, estou-me a vir, estou-me a vir!’, berrava a gaja mesmo para dentro dos meus ouvidos. ‘Foda-se, anda lá com isso’, sibilei eu num suspiro de impaciência, aumentando o ritmo das bombadas, já a pensar que àquelas horas ia ver-me à rasca para estacionar ao pé de casa. Mas a cona da gaja não se calava com os gritos. ‘É agora! É agora!’, informou-me. Quando vi que era mesmo desta que ela se vinha, agarrei nas pontas da fronha da almofada e tapei as orelhas o melhor que pude até terminar o cataclismo que foi aquele clímax. Finda a chiadeira, levantei-me e fui mijar. Todo fodido e com um zumbido do caralho nos ouvidos, pus-me a gritar da casa de banho: ‘Estou a mijar! Ai, estou a mijar!’, só para ser cabrão, a ver se ela também gostava. Verifiquei que de facto não gostava, portanto a próxima notícia que lhe dei foi ‘Estou a bazar! Ai, que me estou a bazar!’. E bazei. Pena tive eu de na altura não ter vontade de cagar.

Mas há algo de muito mais ameaçador do que isto a ter em consideração. Para descortinar do que se trata teremos que cogitar em termos evolutivos. O orgasmo feminino, evolutivamente falando, não serve para nada. O do homem sim, claro, serve para que ele se esporre, o que tem a utilidade bastante prática de emprenhar a gaja para que mais gajas nasçam e assim haja sempre cona em que um homem se continue a esporrar, de geração em geração. Mas e a gaja, vem-se para quê? Poder-se-ia argumentar que o orgasmo feminino serve para incentivar a mulher a procurar sexo mas só um burgesso o faria. Alguém acha que um homem primitivo entesoado se chegaria ao pé de uma gaja/macaca e lhe diria lá na língua dele: ‘Dê licença minha senhora, mas estaria interessada em levar com ele? Ah, não está à procura neste momento. Peço desculpa então, voltarei mais tarde. Não, claro, claro, eu compreendo, tudo bem, deixe lá, ora essa…’ A diplomacia é um modernismo, caríssimos. Se um brutamontes das cavernas quisesse cona ele tinha cona e mais nada. A única escolha que a gaja tinha era entre foder e levar duas chapadonas no focinho e foder. E já não era nada mau.

Isto leva-me a crer que o orgasmo feminino nasceu no período que se seguiu à Idade da Pedra, a que gosto de chamar de Idade do Pau Mandado. O seu dealbar deu-se quando pela primeira vez um homem perguntou ‘O que foi?’ a uma mulher chorosa, ela respondeu ‘Nada, deixa-me’, e ele insistiu. Foi o fim do tempo da pureza natural em que o homem é que mandava. A partir desse momento, nada mais havia a impedir a mulher de evoluir características tipicamente masculinas, como seja a do orgasmo. O orgasmo feminino, portanto, é um erro da natureza, um desvio evolutivo artificial, uma abominação que devia ser eliminada.

E não pensem que a coisa se fica por aqui. Quanto mais os homens se tornam subservientes para com as gajas mais elas nos roubam atributos evolucionários e obnubilam o dimorfismo sexual. É espantoso como ninguém dá por isso... Vejam o que aconteceu quando deixámos as mulheres votarem e mesmo ocuparem cargos políticos. Olhem bem para as gajas sentadas na bancada da Assembleia da República. Alguém ainda consegue distingui-las dos homens? Toda a gente acha estranho que a presença feminina na política se constitua quase exclusivamente de camafeus. Pois é, agora sabem a razão. É ao contrário, elas são estafermos porque as deixámos entrar para a política. Continuem a dar-lhes funções de macho e qualquer dia querem fêmea e não há.

A invenção das máquinas de lavar roupa e louça foi outra... Antigamente não havia nada disso, era lavar a louça à mão e esfregar a roupa à beira-rio em permanente risco de ser encavada por trás sem ser perdida nem achada no assunto. Hoje em dia, até as mulheres-a-dias têm acesso a esse tipo de tecnologia. Sei bem as consequências que essa merda traz, acreditem. Até posso relatar o sucedido. Estava eu muito bem deitadinho descansado no sofá a ver televisão quando a Dona Patrocínia (minha mulher-a-dias há uns dois meses), depois de me levantar os pés do chão para aspirar a carpete, me pediu que lhe fizesse o mesmo. Como regra geral não digo que não a cona, aceitei. Soubesse eu o que sei hoje… Assim que alçou do saiote percebi de imediato que o patrocinador da Dona Patrocínia devia ser a Monte Campo porque a sua cona tinha todo o aspecto de uma mala da escola. Inspeccionando-lhe a labiagem mais de perto usando o fundo do copo de cerveja vazio como lupa, verifiquei que as bordas lassas repletas de um pêlo de fazer medo às varejeiras já tinham iniciado o processo de formação de colhões. Em suma, não era já uma pachacha aquilo que tinha diante de mim. Era um pachacho. Nada menos do que uma horrível deturpação da natureza originada pela tecnologia que agora executa as tarefas que outrora eram obrigação da mulher. Mandei a velha para o desemprego nesse mesmo dia e nunca mais soube o que foi feito dela, se bem que uma vez em Alfama, nos santos populares, já meio bêbedo, quase podia jurar que era ela lá ao longe de sardinha na boca a mijar de pé num beco.

A mais recente alteração evolucionária derivada desta crescente supremacia feminina ainda é suficientemente rara para que a sua existência não esteja provada, mas a mim já preocupa e em não pequena medida. Falo, claro, da ejaculação feminina, esse peculiar fenómeno fisiológico que todo o homem interessado em pornografia asiática tão bem conhece. Trata-se daqueles casos em que a gaja a vir-se, desrespeitando por completo a ordem natural das coisas, dispara do pito um jacto de um líquido qualquer em cheio nas ventas do gajo que se preparava para lhe fazer o mesmo. Estou convencido, meus caros, de que esta mutação genética se deu quando os homens começaram a pendurar a roupa lavada à janela. Se descemos ao ponto de protagonizar este degradante espectáculo público, pondo molas na roupinha ali dobrados em posição de canzana diante de qualquer mulher que passe na rua, como podemos surpreender-nos se qualquer dia formos nós quem espera de goela aberta pela meitadela que elas, triunfantes, expelirão dos confins das suas ratas?

Isto tem que parar, amigos. Que elas se venham de vez em quando pronto, tudo bem, vamos ter de aguentar com essa, agora que se venham com molho é que não pode ser. Por isso faço um apelo a todos os que estiverem a ler isto: se notarem que a gaja que estão a foder está a jorrar mais líquido pachachal do que o estritamente necessário para fins de facilitação do ir-e-vir do talo, aviem-lhe logo ali um soco no meio dos olhos e devolvam-na ao seu devido lugar na escala evolucionária. As chapadas nas nalgas já não chegam, camaradas, temos de recorrer a medidas mais drásticas. E também ajudava pararem com essa merda de pendurar roupa à janela, foda-se.

Como disse no início, recusem-se a dar-me ouvidos por vossa conta e risco. Mas se um dia a gaja que estiverem a comer se esporrar toda para dentro da vossa piça e na manhã seguinte acordarem prenhes, não digam que o Príapo não vos avisou.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Homossexualidade como Viagem no Tempo

Antes que alguém me pergunte respondo já que não, o título desta postagem não é metafórico. Não o escolhi por ter acordado hoje a achar que era capaz de ser boa ideia vir para aqui dissertar sobre como ser paneleiro é regressar a uma época remota em que ninguém via grande diferença entre foder cu com pêlo e cu sem pêlo, como acontecia na Grécia antiga ou no Japão feudal, engendrando aqui um texto repleto de curiosas comparações entre os maricões da actualidade e os desses tempos idos. Até poderia fazê-lo não fosse o facto de que estaria a incorrer em contradição se gozasse com a paneleiragem num texto com um título metafórico. Homem que é homem não usa metáforas, diz logo ali o que tem a dizer ainda que as consequências lhe roam os colhões com dentes lupinos. Aliás, abstém-se de usar figuras de estilo em geral salvo raras excepções, como o pleonasmo, que faz lembrar orgasmo e que por isso tem uma conotação de algum modo orgástica, ou o disfemismo, que é do caralho. Portanto, dizia eu, o título da postagem não é uma referência poética ao atavismo de levar na peidola. É literal. Ser paneleiro é mesmo viajar no tempo.

De modo a explicar melhor o que quero dizer com isto coloco ao leitor uma questão que parece não ter nada a ver com o assunto mas que vai-se a ver e por acaso até tem. Ora pensem lá nisto: “Como se faz para se deixar de ser paneleiro?” Peço ao indivíduo desse lado que interrompa a leitura por momentos para pensar na resposta. Já está? Pois é, se já pensou numa é porque é um burro do caralho. A pergunta não tem resposta correcta porque está mal formada, ó tansos. Não é possível alguém deixar de ser paneleiro pelo mesmo motivo que não é possível alguém tornar-se paneleiro.

‘O quê, Príapo?’, indagará agora o leitor, ignorando que é Sr. Príapo para si, ‘como podes afirmar semelhante barbaridade? Então e eu, que sempre tive namoradas até finalmente ter descoberto que a felicidade não se encontra caminhando lado a lado de uma mulher em direcção ao poente da vida, e sim sentado numa pichota?’ Em relação a essa questão, começo por dizer que tudo o que vem a seguir à última vírgula é informação desnecessária porque se deduz do uso da metáfora "poente da vida". Mas respondendo-lhe, direi que mesmo enquanto fodia gajas exclusivamente o leitor sem o saber já era um grandessíssimo paneleirão. E é aqui que entra a parte da viagem no tempo, que deslindará esta confusão toda.

A verdade é que quando um gajo comete um acto homossexual, seja ele qual for, torna-se homossexual desde sempre. Ou seja, nós é que não sabíamos mas ele era já um mariconço descomunal. O acto paneleiro simplesmente tornou manifesto o que sempre lá esteve escondido. É simples, estão a ver aqueles filmes em que um gajo viaja no tempo e muda qualquer coisa no passado? Quando volta ao presente não se ouve ninguém dizer 'epá… houve aqui qualquer coisa que mudou, as bananas não eram azuis'. Não. O novo presente torna-se a normalidade porque a mudança no passado não foi percebida por ninguém. Como a mudança alterou tudo desde o momento em que se deu, as bananas azuis seriam comuns e nunca ninguém teria ouvido falar de bananas amarelas. Com a paneleirice é a mesma coisa. Se um gajo qualquer levar no cu hoje pela primeira vez, o que acontece é que nesse mesmo momento ele viaja no tempo, entra na maternidade em que nasceu, abre a tampa da incubadora e enraba o bebé que quando crescer se vai tornar no paneleiro que ele foi desde sempre, porque levou no cu logo em bebé e quem leva no cu é paneleiro.

‘Ah mas isso é que não pode ser’, dirá agora o amanteigado leitor, que já começa a enervar, ‘porque o paneleiro depois ia lembrar-se de ter voltado atrás no tempo, e como nunca nenhum paneleiro disse que viajou no tempo, essa suposta viagem no tempo é só uma metáfora e por isso és um paneleiro porque usas metáforas’. A respeito desta infantil argumentação limito-me a afirmar com veemência que o leitor decerto me toma equivocadamente por uma superfície polida reflectora. Basta pensar um bocadinho para ver que essa conversa não tem ponta por onde se lhe pegue. Quando um gajo comete um acto homossexual e volta atrás no tempo, aquele que faz a viagem temporal ainda não foi homossexual a vida toda porque ainda não foi enrabado em bebé. Portanto, depois de se auto-enrabar desaparece porque na verdade nunca existiu, ficando só o bebé enrabado que crescerá para se tornar quem ele é no presente. Logo, o paneleiro do futuro alterado não poderá lembrar-se do que era anteriormente a sê-lo porque na verdade nunca o terá sido antes de ser quem é. Percebido? Foda-se, tenho de explicar tudo...

Isto elucida também porque é que quando descobrimos que um amigo nosso anda a mamar camionistas à borla nas áreas de serviço não dizemos: 'olha… tornou-se subitamente paneleiro'. Dizemos, obviamente: 'não fazia ideia de que este gajo era paneleiro'. É uma diferença subtil mas fulcral. O gajo afinal sempre foi paneleiro, só que ninguém sabia. Sim, porque quem soubesse e continuasse a ser amigo dele era paneleiro também.

Isto que vos digo verifica-se mesmo naqueles casos em que o paneleiro em questão viveu toda a vida como um grande macho até ao momento em que cometeu um acto abichanado. Por exemplo, imaginem um gajo que foi barbeiro a vida toda, que nunca cozinhou nada mais complexo do que uma sandes de torresmo, que cagava nos cafés de porta aberta e que espancou a mulher sem dó nem piedade todos os dias desde o casamento até àquele em que a encontrou morta com o seu amante, ambos acabados de cometer suicídio a tiro de caçadeira enquanto faziam amor na sua cama, numa manhã em que teve de voltar a casa do trabalho porque se tinha esquecido do telemóvel na mesa de cabeceira. Imaginem agora que em homenagem à sua enorme virilidade, reconhecida em toda a terra, um grupo de amigos lhe oferece o dente de um elefante africano macho que matou três caçadores antes de ser abatido. Enquanto o barbeiro põe os óculos cheios de sebo para ver aquilo melhor, alguém lhe diz na brincadeira 'Que foi, pá? Não consegues ver de que cor é?'. E vai daí o barbeiro responde, coçando os colhões com uma mão e escarrando dois decilitros de ranho do fundo das goelas para a outra, usando depois o material para colar à careca o pouco cabelo que ainda lhe resta: 'Então não vejo, foda-se? É cor de marfim'. Este homem, nesse preciso momento e sem se aperceber, viajou no tempo e enrabou-se a si próprio. Ninguém à sua volta se deu conta mas o passado foi mudado e a partir daí ele nunca foi nada em toda a sua vida senão um picolho que até mete nojo. Isto porque homem que é homem não diz “cor de marfim”. Ou é branco ou não é, caralho.

Do mesmo modo, concebam um mecânico que dedicou a vida inteira a foder mulheres de toda a espécie e feitio de maneiras que fariam o Belzebu em pessoa sair do quarto por uma questão de princípio. Está no seu leito de morte, rodeado de uma horda de bastardos. Um deles, consumido pela tristeza mas orgulhoso de poder chamar de pai o velhote que ali jazia a morrer de três doenças venéreas distintas, pergunta-lhe: 'qhanch mulhen fnest nahida?' Por azar calhou logo ser um dos filhos que tivera com a sua própria irmã, que no seu tempo fora bem boa. Traduzido para a linguagem de quem tem céu-da-boca, a pergunta foi: 'quantas mulheres fodeste na vida?' Em resposta, o homem diz, com o seu último fôlego: “Deixa cá ver… fodi duas mil e quinhentas. Não, minto, duas mil e seiscentas”. E morre. Este homem, meus caros, morreu mais paneleiro que o Cláudio Ramos. Ao utilizar a expressão “não, minto”, fez o equivalente a enfiar ali mesmo um tarolo bem grosso todo no cu até aos tomates, que ironicamente foi o que fez a si próprio, viajando no tempo e enrabando-se depois de se retirar da sanita onde nascera, porque a sua mãe era tão puta que com a força de cagar já os paria sem dar por eles.

Por este motivo, a todos os que cuidarem que os paneleiros não se podem reproduzir, digo que estais redondamente enganados. Fazendo uso de um exemplo, como é tradicional nestas paragens, asseguro-vos de que quando dois amigos apanham uma bebedeira e usam isso como desculpa para passarem a noite a foder o cagueiro um ao outro, concebem gémeos logo ali nesse mesmo momento: os fofos bebés que eles mesmos eram quando nasceram. E assim, sem se darem conta disso, ocupados que estavam a levar na anilha, deram à luz dois paneleirinhos.

Espero ter conseguido iluminar um pouco esta complexa e muito incompreendida questão. Gostaria apenas de terminar com uma mensagem dirigida a todo o leitor que disser que o acto de alguém se enrabar a si próprio no passado é uma variante da masturbação e que por isso não conta bem como paneleirice. A mensagem é: parabéns pelo menino.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Física Elementar do Orgasmo Masculino

O leitor hoje tem boas razões para andar por aí com um sorrisinho de alegria aparvalhado nas trombas. Vai sair daqui um pouco menos pacóvio do que era quando entrou.

O que me traz por cá neste auspicioso dia é aquele meu característico espírito de bom caralho que não é capaz de guardar para si uma boa ideia, mesmo correndo o risco consciente de vir a ser plagiado. No caso presente o risco é acrescido porque a experiência científica que proporei no que se segue, caso produza o resultado que prevejo, poderá muito bem implicar a necessidade de revermos tudo o que julgamos saber acerca do Homem, ou pelo menos acerca da parte do Caralho. Dito isto, aviso já que se alguém desse lado tiver a infeliz lembrança de pegar nesta merda e ir para as revistas de especialidade dar com a boca no trombone, pode crer que quem vai dar com a boca aqui no trombone logo a seguir vai ser a sua rica mãezinha, que de seguida receberá uma encomenda de piça na rata de tal magnitude que julgará tratar-se seguramente de mentira, após o que será deposta uma simbólica nota de vinte euros na mesa de cabeceira da exaurida senhora de modo a que tão depressa quanto se espalhou a fama de brilhante cientista de que sem dúvida usufruirá nessa altura o leitor, assim se espalhará a sua muito mais merecida fama de filho da puta. Julgo que nos entendemos. Bom, passemos à bruta para a parte da ciência.

O assunto de que vos quero falar hoje concerne a fascinante disciplina da mecânica quântica, portanto parem lá de esgarçar o pessegueiro senão depois não vão pescar nada desta merda. Passo a explicar. Desde que o grande acelerador de partículas conhecido como Large Hadron Colider (LHC) foi construído na Suíça que tenho acompanhado com interesse todas as notícias que lhe digam respeito, porque é realmente uma coisa à homem. Em termos que o leitor compreenda, o LHC é um tubo de 27km no qual umas coisinhas chamadas partículas (geralmente protões, que são uma espécie de colhões como os que o leitor tem agarrados ao mangalho mas dez vezes mais pequenos) são disparadas umas contra as outras a uma velocidade próxima da da luz e fazem bum. Ao chocarem, uns computadores fodidíssimos recolhem os dados e depois uns senhores caixa-d’óculos tratam de analisá-los a ver se encontram algo fixe. Se o leitor tiver percebido tudo até aqui está autorizado a ir à cozinha buscar uma goma.

Continuando, a maioria das grandes descobertas que o LHC supostamente possibilitará são de uma paneleirice atroz, mas há excepções. Por exemplo, um dos grandes problemas da Física contemporânea, talvez mesmo o maior, é o da incompatibilidade entre a teoria da relatividade geral de Einstein e a mecânica quântica. Das teorias que já foram propostas como candidatas a unificar as duas, a mais forte é a famosa teoria das cordas, que basicamente diz que as componentes fundamentais da matéria são linhas (ou cordas) unidimensionais ao pé das quais a pila do leitor até pareceria grandinha. O problema é que esta teoria só funciona em modelos matemáticos segundo os quais o Universo não terá somente as três dimensões espaciais que exploramos na sua totalidade no decurso de uma normal punheta, e sim dez, sete das quais invisíveis. É fodido.

Ora, supostamente, o LHC poderá vir a provar ou infirmar a teoria das cordas. Como todos os leitores que não padeçam de trissomia 21 saberão, a lei da conservação da matéria proíbe que haja “perdas” de energia no mundo físico. Isto implica que, se após uma colisão de partículas no LHC se verificar que parte da energia que deveria ter sido gerada no impacto de acordo com as leis da física convencional não foi detectada pelos sensores, uma explicação possível será que essa energia (que não pode simplesmente ter “desaparecido”) terá passado para as outras dimensões-extra que não podemos ver. E voilá, fica demonstrado que essas dimensões existem e, logo, que a teoria das cordas está correcta. Ficou percebido, caralho? Se tiverem dúvidas leiam desde o início que eu explico outra vez.

Isto tudo para dizer que tenho também uma teoria que com uma ligeira adaptação do teste anterior poderia ser experimentalmente verificada. É que estive a fazer as contas aos litros de nhanha que já aspergi ao longo da vida e verifiquei com alguma trepidação que me faltam orgasmos. É ranhoca a mais para as vezes que me vim. Ora considerem lá um exemplo ilustrativo. O caso deu-se há uns meses. Eu tinha passado a tarde entretido a dar uma foda bastante banal a todos os respeitos com uma chavala assim-assim mas como já estava a ficar farto daquilo e queria ir para casa passei de súbito à fase de preparação para a esguichadela. A gaja, genuflectida à minha frente, aguardava de bico aberto, qual passarinho recém-nascido esfomeado que aguarda no ninho o retorno da sua progenitora para levar com uma esporradela valente nas trombas. Fechei os olhinhos, estive ali um bocado a esgarçar a maçaroca e pouco depois vim-me calmamente, sem grande espalhafato, quase como se uma simples brisa tivesse passado por mim, causando-me um leve arrepio e nada mais. Foi por isso que apanhei um tão indescritível cagaço quando abri as pálpebras e vi o estado em que a gaja tinha ficado. A única reacção que consegui ter com o susto foi a de percorrer as imediações com o olhar em busca do palhaço que se tinha aproveitado da minha distracção momentânea para lhe espetar com uma tarte de nata nas ventas. Nem queria acreditar na litrada de langonha que lhe pingava do cabelo fazendo poça no chão. Como tantas vezes acontece quando vou cagar depois de comer rancho, fiquei ali feito parvo a tentar conceber como seria possível que um tão grande volume de substância pudesse ter saído do espaço limitado do meu corpo.

Isto conduz-me à teoria que vim cá para apresentar, e que é a seguinte: todos os orgasmos masculinos são na realidade orgasmos múltiplos, contrariamente ao mito de que só a mulherada tem capacidade de tê-los. A diferença é que as gajas têm uns atrás dos outros ao passo que os homens os têm todos ao mesmo tempo, simplesmente a maioria deles em dimensões espaciais estranhas à experiência mundana, o que explica por que é que não damos por eles. Se esta conjectura se comprovar deixará de ser um mistério de onde vem tanta leitaça. Não será decerto necessário enfatizar o triunfo que uma tal descoberta seria para a física elementar, e para mim em particular, que já não precisaria de ir fazer análises.

Por isso, gostaria de aproveitar aqui este espaço para propor uma experiência empírica que permitiria tirar isto a limpo de uma vez por todas: em vez de se usar o acelerador de partículas para atirar protões uns contra os outros, proponho que se dispare um gajo de marro entesado contra uma gaja de perna aberta. Se no momento da encavadela a quantidade de esporra esguichada for inferior à que é prevista pelas leis da Física num universo tridimensional, isso só poderá querer dizer que a meita desaparecida pingou para essas outras dimensões incógnitas onde se dão os orgasmos múltiplos masculinos, ficando assim provada a sua existência. É ou não é uma ideia do caralho, caralho?

Adivinho já a objecção que o leitor mais apaneleirado erguerá. Provavelmente apontará para o facto de a experiência implicar o disparo de dois seres humanos um contra o outro a uma velocidade próxima da da luz e que isso é capaz de aleijar. Acredito que possa parecer um problema mas sou o primeiro a dizer que não teria problemas nenhuns em oferecer-me como voluntário. Já passei por pior. Tenho pena é da gaja, que ficaria como se tivesse levado uma morteirada em cheio na cona. A não ser que tivesse uma cona bem rija. Embora para ter uma cona bem rija tivesse que ser uma velha. Foda-se, ia ter de encavar uma velha... Pois é, não vai dar. Caguem nisso, afinal é uma ideia de merda. Desculpem lá. Podem ir à vossa vida.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Pelos olhos de uma gaja burra

Uma coisa que sempre me encheu de curiosidade é como será o mundo visto pelos olhos de uma gaja burra, dessas que quando calha apanharem um filme pornográfico a dar na televisão ficam a vê-lo à espera que o entregador de pizzas e a matrona viúva que se esqueceu de ir ao Multibanco se casem no final.

Ontem, o destino deu-me oportunidade de descobrir. Às custas de algumas mentiras desavergonhadas consegui trazer para casa uma moça cheia de sonhos que diz que nasceu para amar mas que na verdade nasceu foi para foder. A sua psicose tem duas facetas, como é comum nestas gajas que concluíram a menoridade antes do nono ano. Em primeiro lugar, está convencida de que se acreditarmos muito em nós próprios não há nada que não sejamos capazes de fazer, e em segundo, acha que tem futuro como actriz. Fiando-se neste duplo delírio começou por candidatar-se a papéis menores de longas-metragens, depois seguiu para peças de grupos de teatro amador, depois para vozes de desenhos animados, daí tentou ser menina sorridente de programa da manhã, a seguir fez uma audição para um anúncio de um creme qualquer para pôr na pachacha e está actualmente nos castings para uma nova novela da TVI. Falhou em todos os casos anteriores mas como acredita muito em si própria acha que desta vez é que vai ser. É nestas alturas que lhe ligo porque já sei que a euforia lhe dá para amar. Eu chamo-lhe foder mas ela diz que é amar.

Como sempre faço com gajas apaixonadas pela vida em geral comecei pelo minete, para consolidar a ilusão. O empresário sagaz sabe investir e aguardar com paciência pelos dividendos. Às tantas, volvidos escassos minutos de língua-na-crica, eis que entre gemidos a oiço dizer: ‘vai fofo, lembe, lembe… vai, não pares de lember’. Confesso que com aquela a puta apanhou-me de surpresa. Já fiz praticamente tudo o que pode ser feito com uma gaja nesta vida mas lember é coisa que para mim era novidade. Até ali só tinha lambido e nunca ninguém se tinha queixado. Foi então que o pensamento surgiu: “Por que não aproveitar esta oportunidade para ver o mundo pelos olhos de uma gaja burra, como sempre quis?” Decidido a fazê-lo, parei de lamber, respirei profundamente, voltei à carga e, um pouco nervoso por ser a primeira vez, comecei a lember.

Hoje, enquanto homem que já lembeu, posso finalmente afirmar sem mentir que experimentei a vida tal como é vivida pelas gajas burras, ainda que por breves instantes. Mas olhem que não é nada de especial… Mesmo o minete foi praticamente igual aos outros. Teve um coche mais de precariedade, só. Fora isso…

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Mulher Perfeita

Aos fins-de-semana é meu costume reservar alguns minutos das minhas surfadas internáuticas para dar uma vista de olhos num fórum online de professores universitários que secretamente são também pastores zoófilos, só para me manter actualizado sobre o que vai acontecendo nesse peculiar e fascinante mundo do qual o cidadão comum tudo desconhece à excepção do queijo amanteigado. Agrada-me sobremaneira ler os relatos na primeira pessoa de ilustres membros da academia internacional que depois de um longo dia a leccionar imersos no sufocante pedantismo intelectual das universidades de topo não trocam por nada o simples conforto rural de uma dócil pachacha com lã à volta. Enfim, crónicas singelas mas muito ricas. Por isso é que me surpreendi tanto neste sábado que passou com a profundidade do tópico aberto por um dos membros - um especialista em literatura pós-colonial, segundo diz o seu perfil público, detentor de uma cátedra em Cambridge, actualmente de licença sabática algures em Serpa. A questão erguida por este indivíduo, revelando uma acutilância filosófica raras vezes vista em pecuária, foi a seguinte: "qual a essência da ovelha perfeita?"

Relaxe o esfíncter o paneleiro leitor desse lado, que não me vou pôr aqui a dissertar sobre a beleza que é encavar quadrúpedes herbívoros. Mesmo porque o mais perto que estive de fazê-lo foi quando fodi uma vegetariana à canzana, fora isso não percebo nada do assunto. Não, a verdade é que isto fez-me pensar sobre a essência da mulher perfeita. Como seria ela se existisse? Psicologicamente, quero eu dizer. Não falo do corpo que aí não é preciso puxar muito pela imaginação: bom tónus muscular, cona eficaz, daquelas elásticas, que não arranham o nabo como as das virgens mas ainda assim menos lassa que uma blusa da Bershka na época de saldos - e acima de tudo que não tivesse as beiçolas todas esbodegadas do uso que se há coisa que não suporto é quando vêm todas contentes a pedir festa e depois vai-se a ver têm a pachacha a parecer um repolho atropelado -, peida valente, de nalgas bem simétricas e resistentes ao tabefe, trombas jeitosas com jeito para chupar e umas tetas no mínimo do tamanho dos colhões do Cristo-Rei. Acho que não era pedir demais, caralho.

Agora, no que toca ao conteúdo da cabeça da gaja que não venha agarrado a mim é que é fodido. Mas julgo ter chegado a uma conclusão. Ou seja, sim, descobri a mulher perfeita, e sem mais delongas que se faz tarde, revelo: a mulher perfeita seria aquela que reunisse a um tempo os atributos físicos acima referidos e a mentalidade de um gajo porreiro. Ou seja, exceptuando nas partes em que interessaria que a gaja se mantivesse gaja, seria no fundo aquele amigalhaço que vai lá a casa de vez em quando para ver a bola. Imaginem se puderem… estarem com uma gaja podre de boa não tendo de fingir serem alguém que na realidade não são. Oh, admirável mundo novo…

A pensar nisto concebi um pequeno episódio que creio ter potencial para vir um dia a dar em novela. Começa comigo em casa à espera da mulher perfeita para ver futebol. Vejam lá se não seria maravilhoso:

A gaja entra pela porta já aberta. Encontro-me deitado no sofá, descalço e já bem entrado na terceira cerveja, de olhar fixo na televisão enquanto como uns restos de batata frita que encontrei no umbigo.

“Tão, táss bem?”, cumprimenta ela.

“Ya, abanca aí”, respondo, atirando para o chão as revistas que ocupavam quase todo o sofá sem desviar o olhar da televisão.

“Tá quanto?”

“Ainda não começou. Se quiseres bjeca vai aí ao frigorífico buscar.”

Em sinal de companheirismo para com a recém-chegada, solto neste momento um ou dois arrotos à pedreiro seguidos de um peido muito competente mas despretensioso, que dar dos bons antes do jogo é desperdício. Entretanto, já a gaja está a remexer no frigorífico.

“Olha, traz aí uma para mim também que esta já morreu!”, berro eu da sala.

“Okay. Queres média ou mine?”

“Mine. E traz também o saco de cacauetes que tá aí logo à frente na despensa.”

“Foda-se, não queres que te chupe a picha também, não?!”

Lá está, até aqui toda esta sequência de diálogo poderia perfeitamente ter-se passado entre dois gajos na vida real. A diferença na nossa novela manifestar-se-ia quando ela voltasse com as cervejas e os cacauetes e começasse mesmo a chupar-me a picha. Aproveito também o momento para referir que a gaja está bronzeada e de bikini, acabadinha de chegar da praia. Bom, continuando, inicia-se o bobó. Enquanto lhe manobro o rabo-de-cavalo com uma mão e mudo para o canal Panda com a outra para ir vendo enquanto o jogo não começa, apercebo-me de que o seu esguio pescocinho apresenta sinais de queimadura solar. Então, observando uma das mais antigas e ilustres tradições típicas da amizade masculina, expandida agora para uma versão unissexo, aproveitaria o momento para lhe afiambrar uma chapadona com toda a força em cheio no cachaço vermelhão, gritando em simultâneo “Escaldãozinho fodido, an?”. A diferença aqui relativa à circunstância normal entre dois gajos é que a presente situação traz o bónus acrescido de causar algum refluxo gástrico à gaja por se engasgar com a piça que naquele momento lhe ocupava a totalidade da boca e boa parte da goela.

“Tão, caralho?!”, diz ela toda ofegante, cheia de pintelhos e bocados de bola de Berlim semi-digerida nas bochechas.

“Xiu”, responderia eu, “aguentas e não choras que da outra vez fizeste a mesma merda quando cortei o cabelo. Se não gostas aprende a usar protector. Olha, pára lá de mamar e abanca aí que o jogo tá a começar”.

Limpando as beiças a uma almofada e trocando o meu mangalho por cacauetes, a gaja senta-se então no sofá a ver o jogo. Segue-se o típico chorrilho de caralhadas, invectivas ao guarda-redes e dúvidas erguidas quanto à legitimidade profissional do oftalmologista do árbitro - eu coçando a tomatada, ela o grelo -, tudo regado com muita cerveja e acompanhado de uma magnífica banda sonora de bufas, peidos e arrotos, no decurso da qual da qual percorreríamos destemidos toda a escala do mais grave ao mais agudo, tanto no sentido acústico quanto olfactivo dos termos.

Às tantas, como não poderia deixar de ser, começa a dar-me a mijadeira. Muito a custo lá me levanto, aproveitando a deixa para observar uma outra vetusta tradição entre machos compinchas: ao passar em frente da gaja, alço da perna repentinamente ao mesmo tempo que com a mão lhe encosto a boca aberta cheia de cacauetes mastigados às bordas do cu e largo uma bujarda daquelas que faz lembrar alguém a rasgar um lençol de flanela.

“Vai buscaréééé!”, comemoro eu. Ela, como gaja porreira que é, limita-se a responder com um “Ah é? Tás fodido, cabrão, vais ver”, que ambos sabíamos ser meramente um pro forma de preservação de honra mas que no fundo não constituía ameaça real de vingança, embora a justificasse se de facto viesse a acontecer.

No fim do jogo, se isto fosse um convívio de gajos, seria altura de pormos à prova a nossa virilidade jogando Pro Evolution na Playstation 2. No caso presente, como está uma gaja em casa, é altura de foder. “Primeiros a ser chupado”, aviso eu. “Primeiros o caralho”, redargue ela, e lendo a mente um ao outro desatamos a correr para o quarto, sempre à biqueirada e à rasteira, rebentando com a mobília toda pelo caminho enquanto tentamos enfiar com os cornos um do outro nos quadros da parede do corredor num frenesi competitivo em que só a vitória interessa e o resto que se foda. Depois de um soco bem aviado numa teta ganho a vantagem decisiva, pelo que sou de facto primeiros a ser presenteado com oralidade. De novo, como qualquer gajo porreiro, a gaja não ousa contestar a minha justa vitória e chupa piça e colhões em silêncio, com dignidade, sorvendo com gosto o apetitoso suor salgadinho gerado no esforço intenso da corrida.

Após restabelecida a equidade com um competentíssimo minetaço começa o regabofe propriamente dito, durante o qual a gaja se põe em todas as posições admitidas pela anatomia humana, mais duas ou três. Mas isto não é uma mera foda. É trabalho de equipa. Por exemplo, apesar da canzana ser sempre francamente agradável, tem o inconveniente de não deixar ver o que se passa lá à frente com as tetas, nem é posição que dê muito jeito para esborrachá-las com as mãos. Já não seria problema: graças à sua mentalidade de gajo ela compreenderia perfeitamente o meu ponto de vista e trataria de colmatar a falha apalpando-se a si própria como sempre fazia no duche, ao mesmo tempo que descreveria em detalhe tudo o que se estava a passar em toda a sua fulgurante pompa para que eu não perdesse pitada enquanto lhe mocava a filhós à bruta pelas traseiras.

“Cum caralho!”, grita a gaja, de voz meio soluçada devido às bombadas que estava a levar lá atrás na patareca.

“Que foi?”, pergunto eu, a tentar espreitar por cima dos ombros dela sem perder o equilíbrio.

“Havias de ver a rebaldaria de mamas que para aqui vai, em particular o modo como balançam para a frente e para trás numa frequência de aproximadamente vez e meia por segundo. Ai tão boas a nível de textura que são estas tetas, apresentando-se sedosas, levemente transpiradas e ainda um pouco meladas das chupadelas de há pouco, sendo que a rigidez dos mamilos rivaliza já com a dos botões do elevador lá do prédio da tua avó. Olha, agora que mudaste um pouco de ritmo, provocando-me espasmos de prazer, verifica-se que a trajectória das mesmas mudou ligeiramente, descrevendo cada teta um movimento circular independente que ocasiona a esporádica colisão de ambas na zona central do esterno, o que não só proporciona uma visão de rara beleza como é indicativo seguro de uma prateleira saudável e plena de potencial para te esfregar o nabo daqui a nada, após terminar o orgasmo que agora se inicia. É de realçar também…” E por aí fora.

A promessa da punheta de mamas cumprir-se-ia, claro, após a enrabadela da praxe. E aqui é que seria a parte mais maravilhosa da coisa. Não teria já de fingir ser amoroso e esperar até ao fim da trancada para ir ter com a malta e relatar a foda em detalhe nos termos em que realmente se deu. Poderia contar logo à gaja! De sarrafo abafado entre as suas generosas glândulas mamárias encetaria então com ela a amena conversa que em circunstâncias normais teria lugar mais tarde no café do Xô Manel:

“Bem, havias de ver há bocado quando estavas a levar nessa peida. Parecias uma porca a chiar.”

“A sério?”

“Tou-te a dizer. E então quando começaste a levar estaladas nas nalgas? Fizeste-te de esquisita mas também não me pediste para parar, levaste ali forte e feio. No fim ficaste com o cu que mais parecia o buraco de uma regueifa.”

“Foda-se, ando feita uma puta do caralho… Mas as gajas são todas assim pá, a gente diz que não gosta, não gosta, mas com ele no cu é que a gente tá bem.”

“Bardajonas do caralho, vocês...”

“Ai não.”

Não seria lindíssimo? E no final de tudo, em lugar do temido “amas-me?” meloso, iríamos à casa de banho à vez (obviamente de porta aberta, a ver quem fazia mais barulho com o mijo a bater na água da sanita), mais um peidinho, mais uma cervejinha e adeus até amanhã.

Isto, claro, não passa de ficção científica, mas caguei que sonhar é à borla. Seja como for tenho de admitir que apesar de tudo até nem é mau que esta situação seja impossível. Para já porque a nível teórico aproxima-se perigosamente da paneleirice, e depois porque uma gaja destas (sendo um gaja e não um gajo) não seria tanto uma amigalhaça porreira quanto uma porca do caralho. De onde se conclui que a mulher perfeita, afinal, é a mulher imperfeita, tal como existe. Quem diria? Isto a nível psicológico, note-se. No que ao físico concerne reafirmo a descrição dada anteriormente. Personalidade é importante e tal, tudo bem, mas a verdade é que nunca ninguém espetou o nabo em nenhuma.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pela ÚLTIMA vez: Com ou Sem Pêlo?

Se há assunto mais batido que a punheta na blogosfera é o da cona peluda versus cona rapada. Tanto mais porque esta questão tem a peculiaridade de não ser tematizada em exclusivo pelo típico marialva virtual com a mania de que é escanção da vagina. As próprias gajas detentoras de blogs não raras vezes lançam o repto aos seus comentadores habituais para que divulguem as suas preferências, fingindo fazê-lo por simples curiosidade científica quando toda a gente sabe que bloguista feminina que se lembra de postar a famigerada questão encontra-se em vésperas de finalmente escancarar a tranca para levar com ele do novo namorado e está na dúvida quanto à fantasia masculina que estatisticamente será mais provável que o gajo tenha: foder uma puta ameríndia ou uma pita pré-liceal.

Seja como for, visto que punheta a mais é coisa que não existe, irei hoje tratar de divulgar o resultado da prolongada excogitação que dediquei a esta tão vetusta inquietação e que espero que lhe ponha termo porque a puta da conversa já chateia. Porém, ressalvo desde já que a perspectiva adoptada na peregrinação intelectual que se segue não será de todo em todo a mais comum, ou seja, não me limitarei a escrutinar ambas as categorias pachachais com o fito de concluir que uma é melhor do que a outra, sem ponto de referência que permita definir o que quer dizer aqui “ser melhor”. É que posto nesses termos minimalistas e simplórios nenhuma cona é melhor do que outra. Alguém alguma vez vai dizer que não a uma crica com base no grau de farfalho que apresenta? Se disser é porque é paneleiro. Não, aqui parte-se logo do princípio que o caralho é sempre bem recebido em qualquer pipi, tenha ou não tapete para limpar os pés antes de entrar.

Assim sendo, em termos técnicos a questão a ser tratada será a seguinte: “consoante o tipo de senisga (e.g. hirsuta ou calva, ambas sendo igualmente interessantes), deverá o homem rapar ou não a sua própria pintelheira de modo a potenciar o acto amoroso de espatifar o conedo da parceira à caralhada?” E adivinhando já o que de aí vem, o leitor que não se arme aos cucos dizendo ser indício de mariquice um homem rapar a colhoada, que muito actor porno com caralho maior que alguns braços o faz e logo aí morre toda a argumentação. O ponto que há a dilucidar é, portanto, se haverá uma conjunção ideal de pintelheiras entre macho e fêmea. Tem que se lhe diga. E direi.

Por razões de paleobiologia evolucionária abordarei primeiro a cona felpuda, porque realmente foi a primeira a surgir na Terra. Ora, não é difícil compreender por que motivo este tipo de senaita suscita um tão grande interesse no macho comum. Há algo de indomado, de selvagem, diria mesmo de mal-lavado na cona-mogwai. Esfodaçar uma é regressar aos gloriosos tempos das violações na savana depois de uma caçada bem sucedida. É transcender a foda urbana. Numa palavra, é revivalismo da caverna.

Como até estou bem disposto apresentarei ao leitor as minhas credenciais, relatando em breves palavras as minhas primeiras experiências com ambos os tipos de pipi. Só para que depois não andem para aí a dizer que no Príapo só se fala de teoria e prática 'tá quieto.

Como tantas e tantas outras histórias do imaginário colectivo, esta começa com um minete. Eu estava nervoso, como é óbvio, pois sabia que se não desse à língua com perícia a stôra insatisfeita não me daria o 4 a Geografia. Entrei para debaixo dos lençóis e no acto de lhe baixar a cueca senti algo semelhante a palha de aço roçar-me a mão. De início não liguei mas conforme os olhos se foram habituando à escuridão fui-me apercebendo do que era: ali comigo, debaixo dos lençóis, estava nada menos que o meu herói, Franz Beckenbauer. Só alguns segundos mais tarde me apercebi de que na verdade se tratava de uma cona frondosa como apenas certa flora amazónica sabe ser, e com patilhas. Nunca antes havia visto um tal ajuntamento de caracóis fora de um pires. E havia qualquer coisa de ameaçador no seu aspecto, algo de felino, da variedade persa, mas assanhado. Na altura ri-me desta comparação idiota, embora por via das dúvidas lhe tenha dado o dedo a cheirar antes de lhe fazer festinhas para lhe ganhar a confiança, porque a cona é inexpressiva e traiçoeira.

Então, inflando a peitaça com o ar que sabia ser rarefeito dentro daquela treva asquerosa, atirei com cada traço das minhas jovens feições lá para dentro e comecei a socar-lhe o clito com a língua que nem o Rocky na bola rápida. Quando emergi, meia hora depois, tinha perdido a minha infância e a pastilha gorila.

Vejamos agora a Giocona, também conhecida como cona lisa. Aqui a coisa muda de figura. A primeira destas que me calhou foi a de uma betinha universitária carregada de guito. Tinha todas as características típicas deste tipo de gaja: alta, podre de boa, tresandava a perfume, só vestia roupa caríssima, achava que sabia escrever maravilhosamente apesar de nunca ler nada, usava uns brincos que só lhes faltava terem jantes e dedicava cada momento da sua vida a tentar convencer todos à sua volta que quando cagava saiam libras de ouro. Curiosamente não deu tanta luta como antecipara. Na altura eu era menino, ainda não tinha descoberto que gajas destas quando bebem são mais porcas a foder que os pobres.

A situação foi semelhante à anterior: preparei-me para o minete, baixando a cuequinha de marca à espera de encontrar um mínimo de farfalheira, como era de costume. Eis que, contra todas as expectativas, encontro o que tantas vezes vi na primária aquando das minhas incursões de surpresa aos balneários femininos antes das aulas de natação, sacudindo o meu barrotinho para assustar as meninas. Emergi dos lençóis que nem um suricata à espera de ver a bófia a entrar no quarto. 'Olha lá', disse eu, à rasca, 'que idade tens afinal?!'. 'Vinte e dois', respondeu ela. Não convencido, pu-la à prova: 'Então diz lá quantos afluentes tem o Tejo?'. Como ela não sabia fiquei mais aliviado. Desconfiem das gajas que têm essas merdas fresquinhas na memória.

De espírito mais tranquilo iniciei o minete, mas deu-se um estranho fenómeno. Principiou a crescer em mim um inusitado sentimento paternal derivado da ausência total do típico relvado capilar genital. 'Onde é que está a pachacha, an, está onde? Ah tá quiii!', não resisti a dizer, todo brincalhão. Ela levantou os lençóis e dirigiu-me lá de cima aquele olhar de rica que faria qualquer gajo sentir-se menos que merda. Sem perder a boa disposição, comecei a fazer-lhe cócegas no clito com o dedo enquanto fazia 'cutchi cutchi cutchi!' em tom pueril. E ela, nada. Ficou só ali especada de trombas a olhar para mim. Por fim, quase a desistir, sem interromper o movimento de coceguinhas no clito, fiz 'Gucci Gucci Gucci!'. Ah, como ela ria e galhofava e batia as palminhas. Pouco depois levou com o Aníbal e lá se calou com a risota que já me começava a enervar.

Estas foram as primeiras experiências mas várias de ambos os tipos se seguiram, o que julgo atribuir-me uma certa autoridade para retirar algumas ilações com vista a responder à questão inicial. Passemos lá então à parte analítica da coisa.

Primeiro, se a mulher for bem pintelhuda, deverá o homem desbastar pelo menos um pouco a juba da piça ou estará muito bem assim como está? Bom, antes de mais nada há que desmistificar a noção de que duas fartas pintelheiras em contacto reagirão como películas de velcro. É falso. Quando muito haverá algum efeito de aderência motivado pela esporra e cuspo que ficam ali a marinar nas silvas mas isso até tem a sua piada. Agora, que há algumas desvantagens, há. Por exemplo, quando o novelo de ambos os lados é igualmente impressionante, corre-se o risco de ainda nem se ter encostado a sabarda ao bordalo e já se ter perdido o norte, e depois aí quero ver como é. Enfiar uma mão para fazer de guia só ajuda se esta se fizer acompanhar de lâmina de barbear, essa catana do mato pintelhal. Só que nesse caso, lá está, corre-se o risco de o que era suposto ser queca foliona devir bar mitzvah trapalhão. Convém evitar.

E se ambos os lados estiverem depilados? É sem dúvida uma situação curiosa mas também tem os seus inconvenientes. Privado da sua almofada natural de pêlo facilmente se criam hematomas no saco escrotal durante o seu badalar rítmico em pipi desataviado do capote de pintelhos que Deus lhe deu. Mais: há o risco de não se resistir ao supramencionado sentimento paternal e pôr a gaja ao ombro para arrotar depois do broche. Acreditem que elas levam a mal. Acresce ao anterior o facto de que sem cabelo a que se agarre, o piço anda ali constantemente a patinar e corre o risco de se desentalar sem querer e ser atirado de cabeça contra um osso qualquer da anca da gaja, que parecendo que não à volta da rata há esqueleto que nunca mais acaba.

Portanto, concluo que o homem não se deve ficar por um tipo de pipi nem deve ter um preferido, mas que se tiver oportunidade disso deverá levar o marro ao barbeiro se for arrebimbar pito com esplendorosa hortaliça, e deverá levá-lo desgrenhado se a gaja tiver tido a gentileza de desbastar a periferia do grelo antes de servi-lo. Espero que seja desta que se acaba de uma vez por todas com o interminável debate sobre que cona é a melhor porque isso é uma paneleirice do caralho. Foda-se, meus, tenham lá vergonha.

Quanto a vocês, gajas, em vez de perderem tanto tempo a fazerem permanentes ao pito ou a raparem-no estrategicamente fariam melhor em dar-lhe mais uso que essa merda não é nenhum caniche.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Por que temos um caralho?

Às vezes dou por mim a pensar que as gajas não percebem mesmo o que é que uma piça significa para o seu dono. A compreensão que a mulher comum tem do barrote é um bocado como a que tem de informática: tudo o que transcender a óptica do utilizador é um mistério insondável. É bom para chupar e levar com ele, o resto que se foda. Ora, eu até estaria disposto a arquivar este fulgurante exemplo de estupidez feminina ao lado de outros clássicos como a incapacidade de memorizar para que lado os parafusos apertam ou as unhas de gel, não fosse o caso dessa ignorância acarretar consequências nefastas para nós que temos um piço e que temos de aturar as vossas merdas. Não pretendo perder tempo a tentar explicar-vos o que é ter um caralho ou a relação que cada homem mantém com o seu. Seria esforço não menos vão que tentar explicar-vos a importância de sermos nós a ter o comando da televisão na mão. Não, o que vou fazer é contar-vos uma história como se faz às criancinhas. Com alguma sorte pode ser que consigam vislumbrar o que quero dizer.

Esta é a história de Cristino, o homem mais indeciso do mundo.

A terrível indecisão de Cristino manifestou-se pela primeira vez no dia em que nasceu. Enquanto a sua mãe mugia que nem uma vaca na sala de parto, o seu pai patinhava de lá para cá na sala dos cornos à espera que a puta parisse. Nisto, surge o obstetra:

- ‘Desculpe, o senhor é o marido da senhora Enfímia?’, perguntou.

- ‘Não, ele não pôde vir’, respondeu o homem, visivelmente preocupado. ‘Sou Armando, o pai da criança’.

- ‘Muito bem’, continuou o médico. 'Vim aqui ter consigo para lhe fazer uma pergunta. É muito importante por isso peço-lhe que responda honestamente. Diga-me… Quando concebeu o menino Cristino, enrab… fez sexo anal com a sua mulher?’

- ‘Sim, claro”, retrucou Armando, espantado por ter sido preciso perguntar. ‘Porquê?’

- 'Bom… passa-se o seguinte. O seu filho sofre de uma patologia conhecida como “morte iminente”, causada por uma outra designada de “confusão mesentérica extrauterina”, também conhecida entre nós, obstetras, por “Andreia Margarete”’.

- 'Não percebi...'

- 'Deixe-me tentar explicar em termos mais simples. Acontece que em raras ocasiões, quando o acto sexual que leva à concepção da criança envolve enrab… sexo anal, a esporr… o espermatozóide não sabe bem para onde ir e aloja-se entre os intestinos e o útero. Isto origina durante a fase de gestação uma crise existencial pré-natal que faz com que o feto fique sem saber muito bem qual o seu lugar no mundo.’

- 'Como assim?', indagou Armando, confuso. 'Está a dizer-me que o meu filho vai ser metade homem metade cagalhão?'

- 'Não, não, percebeu mal. O Cristino crescerá como uma criança normal. Será apenas um pouco cara-de-cu mas meramente por motivos genéticos. O problema é com a sua esposa.'

- ‘O quê?! Não me diga que ela veio cá ter!’

- ‘Desculpe, referia-me à senhora Enfímia. É que dada esta confusão, a criança não poderá nascer de parto normal nem de cesariana.’

- ‘Quer dizer que… terá que nascer pelo cu?’

- ‘Também não. O cu da senhora Enfímia ainda não recuperou totalmente da concepção, seria demasiado arriscado…’ E pousando uma mão consoladora no ombro de Armando, procurando a custo conter o riso, concluiu, ‘Lamento, mas o seu filho terá que nascer pelo períneo.’

Obtido o consentimento formal de Armando, entraram ambos na sala de parto para dar início à perigosa intervenção cirúrgica. Depois de aberto um buraco no períneo de Enfímia, o obstetra enfiou uma mão lá dentro e começou a escarafunchar. Passados alguns minutos de esforço, uma enfermeira anunciou de repente: 'Já se vê a cabeça!' Armando chorava e ria de felicidade. 'E agora já se vêem os colhõezinhos!', disse a mesma enfermeira alguns segundos mais tarde. Ao ouvir isto, Armando saltou do lugar e foi ter com obstetra. 'Desculpe, você não me disse que o meu filho ia ter colhões na cabeça', sussurrou, preocupado. O obstetra deu uma chapada na sua própria testa e depois outra na de Armando. 'Valha-me Deus, homem', disse ele. 'Pare lá de ser estúpido. Colhões na cabeça… olhe que você… Para já a cefalocolhoíte é uma condição raríssima transmitida só de tios para primos, e depois você não tem antecedentes na família. Não, a enfermeira referia-se à cabeça da gaita do seu filho. É bastante comum nos partos via períneo que o pénis saia primeiro. Anime-se, o facto da coisa seguinte a sair terem sido colhões é um excelente sinal. Olhe que nem sempre é assim… Uma vez num caso semelhante sabe o que é que saiu a seguir ao caralho?...’. ‘O quê’, perguntou Armando, intrigado. ‘Outro caralho’, respondeu o obstetra. E ficaram bons amigos.

De maneira que foi assim que se passou o episódio do nascimento de Cristino. Porém, a confusão com que o rapazola viera ao mundo agravar-se-ia nos anos seguintes. Por mais que os pais insistissem, Cristino não era capaz de decidir fosse o que fosse. Mijava sentado ou de pé? E cagar, como é que era? Mamava nas tetas da mamã ou na piça do papá? E depois, engolia ou não? As indecisões multiplicavam-se dia após dia, e o rapaz só não ficava completamente imobilizado pelas suas dúvidas porque não se conseguia decidir a fazê-lo.

Quando entrou para a escola a coisa piorou devido à crueldade dos seus colegas. O que mais lhe custava era a constante gozação com a óbvia ambiguidade sexual do nome “Cristino”. No recreio, era sempre a mesma coisa. Primeiro, chamavam-no: “Cristino! Ó Cristino!”. E depois, quando ele olhava, gritavam todos em coro: “Vai pó caralho!”. E o jovem começou a ter medo de dizer às pessoas como se chamava.

Anos mais tarde, começou a namorar com uma gorda horrorosa conhecida na escola por Bidon que se apaixonou por ele quando lhe perguntou se a achava feia e ele respondeu que não sabia. Bidon foi, aparte dos seus pais, a única pessoa a importar-se com Cristino e nunca desistiu de tentar curá-lo da sua indecisão paralisante. Especialmente porque tinha o adiposo pito aos saltos e Cristino não se decidia a fodê-la por mais que ela tentasse excitá-lo, por exemplo, apagando a luz ou vestindo uma gabardine mais ousada. Um dia, enquanto Cristino dormia, Bidon decidiu fazer-lhe um broche de encorajamento. Foi nesse momento que se fez uma importante descoberta: Cristino não conseguia ter tesão. A badocha bem mamou até começar a entrar pó pelo cu de Cristino mas era o mesmo que chuchar numa meia rota. Depois disto foram a todos os tipos de médico mas nenhum conseguiu descobrir porque é que Cristino não conseguia ficar de pau feito. Era inexplicável, não havia problema hidráulico algum. Os psicólogos também não deram em nada embora se tenham mostrado mais compreensivos, visto que a maioria sofria do mesmo problema. Então, Bidon teve uma ideia: levar Cristino ao obstetra que lhe havia feito o parto.

Decorridos meses de buscas, finalmente encontraram-no. Estava em Coimbra numa convenção de sem-abrigos à qual fora dar uma palestra sobre o dilema ético de limpar o cu às revistas Cais que ficaram por vender ou não, de modo a evitar ficar com assadura na bilha depois de um copioso repasto de Whiskas, receita de salmão e cenouras, que sabe bem mas faz cagar macio. Ao ouvir Bidon a relatar o caso, o obstetra mostrou-se preocupado e compreensivo, pelo que imediatamente a seguir a assaltá-los procedeu a examinar o piço de Cristino. Não tardou a chegar a uma conclusão. Segundo explicou, em cada 1000 casos de parto pelo períneo havia um em que o nervo que faz a ligação entre o caralho e o cérebro era cortado, e sem esse nervo activo não há cá tesão para ninguém. Era preciso restabelecer essa ligação. O próprio obstetra ofereceu-se para fazer a cirurgia necessária. Levou Cristino para o seu bloco operatório na casa-de-banho de um restaurante chinês e usando apenas um crepe e uma colher de gelado Epá remendou o defeito de nascença. E ficaram bons amigos.

Eis-nos agora chegados ao ponto que interessa. Após a cirurgia, não só Cristino passou a ostentar um dos mais rijos sarrafos que este nosso Portugal já viu como se tornou extremamente assertivo nas suas decisões. A primeira que tomou foi a de despachar a Bidon. Não ficaram bons amigos. A partir daí, aproveitando o embalo, decidiu tornar-se empresário e criou uma cadeia de restaurantes. Infelizmente, as pessoas não se sentiam à vontade a comer ao lado de prisioneiros e o negócio faliu em menos de um mês. Em todo o caso, viveu feliz até ao fim dos seus dias trabalhando como profissional de pornografia hardcore, tendo morrido honrosamente nas filmagens da sua última longa-metragem por se ter mostrado inamovível na decisão de tecer uma violenta crítica cinematográfica à barbárie da tauromaquia vestindo-se de matador e enrabando um touro furioso de meia tonelada no meio da arena.

Aqui termina a nota biográfica do meu avô Cristino, que espero ter sido elucidativa. A lição a retirar é a de que o caralho do homem é mais do que uma ferramenta útil para dar traulitada na pachacha. É o centro de tomada de decisões sem o qual o cérebro masculino nada consegue fazer. Claro, as mulheres conseguiram compensar a falta de piça ao longo do seu percurso evolutivo de outra forma: eliminando a necessidade de optar. Por exemplo, ao passo que um homem consegue decidir num instante que par de sapatos quer quando vai às compras, as mulheres não. Mas não faz mal. Compram todos e fica resolvido o problema. Do mesmo modo, um homem sabe exactamente que mulher quer foder, como e quando. As mulheres não. Mas não faz mal. Criaram o mito de que “os homens são todos iguais” e logo, foder com um é foder com todos. E por aí fora.

Como o homem não evoluiu assim, sem o nosso caralhote estaríamos todos condenados a ser iguais ao Cristino: um bando de pilas moles que não encontrariam mal nenhum em serem vistos em público na companhia de uma balofa chamada Bidon. Portanto, gajas do mundo, da próxima vez que estiverem na companhia de um belo marro arrebitado façam uma vénia antes de o enfiarem nos sítios do costume. Se não por uma questão de respeito, ao menos porque se não tivesse sido pelo caralho não teria cá estado ninguém para tomar a decisão de inventar as vossas sandálias.